Não é por falta de vontade que sou uma pessoa calada, fechado e reservado. Gosto que com o pouco que digo, percebam exactamente onde quero chegar. Gosto que me leiam, me desvendem o pensamento, sem ter de escrever. Gosto que me oiçam, sem ter que proferir uma palavra.
És o querer que não me sai do corpo, o que me deixa calmo quando te tenho por perto. És o meu vício, és o meu rebuliço dentro de mim, és a minha vontade, o desejo de não adiar mais o que não é mais possível adiar, correndo o risco de um dia ser tarde demais.
Basta olhares-me nos olhos e leres o que eles te dizem há muito tempo.
Há dias em que sei que sou chato.
Chato de calado e calado de timidez.
Este texto foi retirado do livro “Amores Clandestinos”, pág. 152
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