Tempo canalha e miserável este que nos assola. O tédio bate-nos à porta a querer entrar e tomar conta da nossa vida.
Este é um tempo de exceção. É um tempo em que estamos privados de um passeio à beira-mar. De nos sentar numa qualquer esplanada ou banco de jardim ao fim do dia. De nos sentar à mesa rodeada por familiares ou amigos. Já começamos a sentir a falta do convívio, das gargalhadas, do abraço, do beijo e de todo o tipo de contacto e afeto. Vivemos confinados a estar e a ficar em casa, cada um em sua casa. Tempos atípicos estes em que vivemos. Tempos difíceis e controversos que ninguém estava preparado para viver.
No meio deste tempo confuso, podemos aproveitar para refletir e olhar para dentro. Não podemos parar. Temos de encarar este tempo com discernimento, com um pouco mais de disciplina e paz possível, para que quando este tempo passar, possamos renascer mais fortes. Mais fortes como nunca antes.
Não vamos cair! Não vamos deixar ninguém cair! Agora não há classes sociais, profissões, culturas, nações, religiões ou etnias que se diferenciem. Pela primeira vez vejo o mundo mais unido como nunca o vi ou como nunca o pensei algum dia ver.
Agora é tempo de unir e aprender!
E foi assim a minha participação nesta obra da Chiado Books – Quarentena – Memórias de um País Confinado
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